Dilemário propõe fim de consignado via cartão e criação de Refis para aliviar dívidas de servidores

Farra dos consignados



Redação com assessoria 

O vereador Dilemário Alencar (UB), que tem experiência como bancário no mercado financeiro, defendeu nesta sexta-feira (20) o fim do empréstimo consignado via cartão de crédito para servidores públicos, além da criação de um programa semelhante ao Refis para a renegociação dessas dívidas. Segundo ele, essas medidas são fundamentais para combater o superendividamento que atinge grande parte do funcionalismo.

 

Dilemário classificou o consignado via cartão como uma “armadilha”, afirmando que muitos servidores foram iludidos com a promessa de parcelas baixas, mas acabam presos a dívidas de longo prazo com juros abusivos que podem chegar a 11% ao mês, especialmente quando o crédito rotativo entra em ação. “Se o servidor emprestou R$ 10 mil, no final pode acabar pagando até R$ 72 mil”, alertou o vereador.

 

Desde que surgiram as denúncias sobre o uso desse tipo de empréstimo no governo estadual, Dilemário afirma que já apresentou duas indicações ao prefeito Abílio Brunini (PL): uma para proibir a modalidade de consignado via cartão na prefeitura de Cuiabá, e outra para instituir um modelo de Refis específico para servidores renegociarem suas dívidas com condições mais justas.

 

Ele sugere que o Refis tenha juros limitados aos praticados no consignado tradicional, com um teto de até 3% ao mês, atrelado à variação da taxa Selic, para incentivar a concorrência entre os bancos e permitir que o servidor escolha taxas mais acessíveis. “Se o remédio não for na dose certa, poderá prejudicar ainda mais os servidores, principalmente os que ganham até R$ 5 mil, que já têm um perfil de alto endividamento e pouca atratividade para novos créditos”, alertou.

 

Dilemário informou que está em diálogo com o secretário de Finanças, Marcelo Bussiki, apresentando as propostas para que possam ser incorporadas em um decreto a ser analisado pelo prefeito. “Estou tentando contribuir com a experiência que tive como bancário para ajudar os servidores a saírem desse sufoco.”

 

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