- Pela Redação
- 29/05/2023
InfoMoney
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pode deixar o Partido Liberal antes do período eleitoral de 2026, em meio a um racha com o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto. Segundo apuração do jornal O Globo, o filho do ex-presidente pretende levar consigo parlamentares aliados, esvaziando a bancada.
O estopim mais recente foi a paralisação da Câmara e do Senado, promovida pela oposição em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL). A estratégia, que impediu votações por dois dias, desagradou Valdemar.
O portal Metrópoles já havia revelado que o líder partidário não concordou com a medida, vista como moeda de troca para pressionar pela votação de três pautas de interesse do bolsonarismo:
* Anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro;
* Fim do foro privilegiado;
* Impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Acusações de “jogo duplo”
A aliados ouvidos pelo jornal, Eduardo teria acusado Valdemar de fazer “jogo duplo” com a família Bolsonaro — demonstrando apoio público, mas atuando contra eles nos bastidores. Segundo essa leitura, o dirigente teria interesse em ver Jair Bolsonaro “fraco” ou até preso, para ampliar sua dependência do PL.
O deputado também estaria mirando o marqueteiro Duda Lima, próximo de Valdemar, a quem atribuiria parte dos materiais críticos contra ele disseminados nas redes sociais.
Aliados do presidente do PL afirmam que a paralisação não é um método político com o qual Valdemar está acostumado, mas que ele respeitou a decisão da bancada e, posteriormente, elogiou a atuação publicamente.
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