PGR pede investigação contra Eduardo Bolsonaro por ações contra autoridades

NOS ESTADOS UNIDOS



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A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por sua atuação nos Estados Unidos supostamente contra autoridades brasileiras.

O pedido será relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, por conexão com a ação penal que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

Segundo a PGR, Eduardo, que está em solo norte-americano desde março, intensificou ações contra o STF, a própria PGR e a Polícia Federal visando buscar sanções internacionais contra membros do Judiciário brasileiro. Para o órgão, essas movimentações coincidem com o avanço dos processos contra Jair Bolsonaro e aliados.

"As evidências conduzem à ilação de que a busca por sanções internacionais a membros do Poder Judiciário visa interferir no andamento regular de procedimentos criminais em curso contra Jair Bolsonaro”, afirma o documento entregue ao STF.

A PGR ressalta que há uma “real possibilidade de imposição de sanções” por parte dos EUA, com base em declarações do senador Marco Rubio, um dos principais defensores da pauta bolsonarista no Congresso americano.

Eduardo chegou a chamar essas sanções de “pena de morte financeira”, já que poderiam incluir impedimento de entrada nos EUA, bloqueio de bens e restrições a transações comerciais com empresas ligadas ao país.

No mesmo documento, o órgão requer que a Polícia Federal monitore os conteúdos publicados por Eduardo nas redes sociais e que o ex-presidente Jair Bolsonaro preste depoimento, sob o argumento de que seria beneficiário direto das condutas descritas e também responsável financeiro pela estada do filho nos Estados Unidos, conforme já declarado.

A solicitação também menciona a representação criminal feita pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), que pede a prisão de Eduardo por atentado à soberania nacional. A base da acusação é que o deputado estaria usando sua influência internacional para deslegitimar instituições brasileiras em benefício próprio e familiar.

Em vídeo publicado no último domingo (25), Eduardo Bolsonaro comparou suas ações às de figuras da esquerda, como Dilma Rousseff, que recorreu à ONU após o impeachment, e do próprio presidente Lula, que denunciou sua prisão à comunidade internacional.

“Agora eu, que denuncio as verdadeiras violações de direitos humanos e perseguições políticas, essas mesmas pessoas pedem para que o Moraes confisque meu passaporte e me prenda”, disse.

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