- Pela Redação
- 29/05/2023
O Globo
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, preste depoimento à Polícia Federal (PF) para esclarecer sua declaração de que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, mantém contato, apesar de uma proibição imposta pelo STF.
Em entrevista na segunda-feira, Jorginho Mello afirmou que Valdemar "conversa muito" com Bolsonaro:
— Nosso presidente (do PL) conversa muito com o Bolsonaro, que é nosso presidente de honra. Espero que daqui a pouco eles possam conversar na mesma sala para se ajudarem ainda mais — disse o governador ao canal de notícias Jovem Pan.
Moraes afirmou que a declaração "indica possível violação às medidas cautelares impostas por esta Suprema Corte" e determinou a apuração.
"Dessa maneira, para que os fatos sejam apurados, DETERMINO que a Polícia Federal proceda a oitiva do Governador do Estado de Santa Catarina, Jorginho Mello, no prazo de 15 (quinze) dias, para esclarecimentos sobre as suas declarações na entrevista que concedeu ao programa televisivo", determinou Moraes nesta sexta-feira.
Bolsonaro e Valdemar estão proibidos de se falarem desde fevereiro por ano passado, por determinação de Moraes, porque são investigados por uma suposta tentativa de golpe de Estado. Os dois negam as acusações.
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