Marcos Pereira garante ao PT que Tarcísio não vai disputar presidência com Lula

DE OLHO EM 2026



Metrópoles

A principal preocupação do PT ao apoiar Hugo Motta para a presidência da Câmara é o fortalecimento do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para uma eventual disputa ao Planalto contra Lula, em 2026. Motta e Tarcísio são do Republicanos, partido presidido pelo deputado federal paulista Marcos Pereira.

Logo após a oficialização do acordo para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL), Marcos Pereira tratou de acalmar os petistas. Nos bastidores, reforçou a aliados que o projeto do seu partido é reeleger Tarcísio de Freitas em São Paulo. Uma disputa contra Lula pela Presidência da República é uma possibilidade remota. Atualmente, o governador não se vê trocando uma reeleição considerada “bem encaminhada” por uma disputa nacional arriscada.

Apesar de não descartar totalmente uma disputa de Tarcísio ao Planalto em 2026, lideranças do Republicanos garantem que o funcionamento do Legislativo e a governabilidade de Lula na Câmra não serão afetada por embates eleitorais. Até porque o partido já ocupa um ministério e espera ampliar seu espaço na Esplanada a partir de 2025. Para o governo, essas sinalizações foram suficientes.

Apesar disso, não há falsa esperança de um apoio exclusivo do Republicanos em 2026, uma vez que o partido tem diversos senadores bolsonaristas, além do próprio Tarcísio. A expectativa do Planalto é que o partido retorne o gesto feito pelo PT a Hugo Motta e pelo menos incentive suas lideranças de centro a apoiar a reeleição do presidente Lula.

Tarcísio foi ministro da Infraestrutura no governo Bolsonaro e, após a inelegibilidade do ex-presidente, passou a ser cotado como seu sucessor político. Como governador, ele saiu fortalecido da eleição municipal, sendo o principal cabo eleitoral do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB).

Outros nomes na direita, porém, são cotados como candidatos à Presidência, como os governadores Ronaldo Caiado (União-GO) e Romeu Zema (Novo-MG). Eles, ao contrário de Tarcísio, estão no segundo mandato e não podem mais ser reeleitos.

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