"Intervenção armada na Venezuela seria catástrofe", diz Lula

Presidente discursou neste sábado (20) na abertura da Cúpula do Mercosul, em Foz do Iguaçu (PR)



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, no discurso de abertura da Cúpula do Mercosul neste sábado (20), em Foz do Iguaçu (PR), que uma intervenção armada dos Estados Unidos na Venezuela seria uma “catástrofe humanitária” e um “precedente perigoso para o mundo”.

“As verdadeiras ameaças à nossa soberania se apresentam hoje na forma da guerra, das forças antidemocráticas e do crime organizado. Passadas mais de quatro décadas desde a guerra das Malvinas, o continente americano volta a ser assombrado pela presença militar de uma potência extrarregional”, disse.

“Os limites do direito internacional estão sendo testados. Uma intervenção armada na Venezuela seria uma catástrofe humanitária para o hemisfério e um precedente perigoso para o mundo”, completou.

A fala acontece em um momento de tensão crescente entre o governo venezuelano, de Nicolás Maduro, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Desde agosto, Washington movimenta aparato militar no Caribe. No início, a Casa Branca justificou a operação como parte do combate ao tráfico internacional de drogas.

Agora na Cúpula, fica a expectativa sobre as declarações dos demais líderes sobre o tema. Em reuniões preparatórias, os chanceleres de Argentina e Paraguai, Pablo Quirno e Rubén Ramírez Lezcano, expressaram preocupações com a Venezuela.

Quirno disse que "a fraude eleitoral e as persistentes violações dos direitos humanos no país constituem uma afronta a toda a região”. Já Lezcano apontou "deterioração das instituições democráticas e a violação dos direitos fundamentais" na Venezuela.

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