Elon Musk se envolve na ofensiva norte-americana contra Alexandre de Moraes

RETALIAÇÃO



Metrópoles

Mais de quatro meses após se envolver em uma polêmica com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o bilionário Elon Musk agora vê, de um ponto de poder na Casa Branca, uma ofensiva contra o magistrado brasileiro vinda dos Estados Unidos.

Com a mudança de governo em Washington, as críticas e acusações contra Moraes ganharam mais força, com ações que partem de três frentes diferentes: ação judicial contra o ministro, projeto de parlamentares que podem barrar o ministro do STF nos EUA e ameaças de retaliações econômicas.

As justificativas para as ações são as mesmas reverberadas por Musk no último ano, durante o episódio que culminou na suspensão do X no Brasil pelo não cumprimento de ordens judiciais. Para o bilionário, as decisões de Moraes sobre o bloqueio de perfis de usuários e exclusão de conteúdos na rede social, configuravam censura.

Até o momento, o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge) ainda não fez ataques diretos ou movimentações públicas contra Moraes. Musk, contudo, tem usado sua rede social para alfinetar o ministro brasileiro e dar coro a ofensiva.

Depois que o deputado Rich McCormick pediu que Moraes fosse alvo de sanções econômicas, o bilionário sul-africano questionou se o magistrado possui bens nos EUA que poderiam ser alvo de bloqueios.

“Moraes não possui propriedade na América?”, questionou Musk durante uma discussão em torno das possíveis retaliações que o governo dos EUA poderia aplicar contra Moraes.

Em uma outra manifestação, Musk usou emojis de fogo e força ao comentar uma publicação do Bureau de Assuntos para o Hemisfério Ocidental, vinculado a chancelaria norte-americana, que classificou as decisões do ministro do STF como “censura”.

Além disso, o dono do X usou de ironia ao responder uma declaração do senador Mike Lee, que chamou Moraes de “Voldemort brasileiro” e cobrou sanções, baseadas na Lei Magnitsky, contra o ministro brasileiro.

“O que acontece se alguém for adicionado a essa lista?”, questionou Musk.

Criada em 2016, a Lei Magnitsky é um mecanismo que permite o governo norte-americano sancionar autoridades estrangeiras, acusadas de violar os direitos humanos. A retaliação acontece por vias econômicas, com o bloqueio e restrição do patrimônio nos EUA dos alvos das sanções.

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