'A bola está com o presidente Lula', dizem assessores sobre decisão do pacote fiscal

ARCABOUÇO FISCAL



g1

“A bola está com o presidente Lula".

Essa é a resposta de assessores presidenciais sobre novas reuniões para definir o conjunto de medidas fiscais para garantir o reforço do arcabouço fiscal.

Levando, dessa forma, a um equilíbrio das contas federais e uma redução da dívida pública, que pode fechar este ano casa de 80% do Produto Interno Bruto (PIB).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou o fim de semana analisando as medidas propostas e terá de arbitrar entre as duas alas do governo.

A equipe econômica defende cortes de despesas e reforço do arcabouço fiscal para evitar juros mais altos no país com o objetivo de conter uma inflação em alta. Já a ala social resiste a corte de gastos, com apoio do PT.

Uma das medidas que divide o governo é o aumento do salário mínimo. A equipe econômica quer limitar o reajuste real a 2,5%, como está definido dentro do arcabouço fiscal para determinadas despesas federais.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, é contra, sob o argumento de que o ajuste não pode levar o governo a recuar numa política adotada por Lula para atender à baixa renda no país.

Outro ponto que divide alas do governo Lula é a proposta de também incluir neste limite de aumento real de 2,5% as despesas com educação e saúde.

A ala social não concorda em acabar com a vinculação dos recursos para as duas áreas às receitas da União.

Interlocutores de Lula alertam que o presidente tem de lembrar que uma inflação em alta acaba apagando os efeitos positivos de programas sociais.

Foi o que aconteceu nos Estados Unidos, contribuindo para a derrota da candidata democrata Kamala Harris para o republicano Donald Trump.

0 Comentários

Faça um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados* *

Veja Também